A entrada de indivíduos nas universidades sempre foi visto nas famílias brasileiras como um motivo de orgulho, mas não é de se espantar que muita gente despreparada vem adentrado nas nossas Universidades, sem ao menos ter lido um clássico de nossa literatura e, vou mais além, sem nem saber as principais sentenças matemáticas. Chegamos a uma questão, de quem será a responsabilidade desses fatos acontecerem com tanta frequência? Como um modo de engrossar o caldo para essa discussão, apontaria de forma pacífica, alguns colaboradores para isso: A Família, Os Processos Seletivos e as Escolas.
A família como um alicerce educacional de todo indivíduo, tem falhado muito na maneira de introduzir seus pequenos no mundo da leitura. A falta de tempo dos familiares, ou até mesmo a falta de dialogo dentro das casas, contribui para que não haja o interesse pela leitura. Os processos seletivos são outro ponto chave de nossa indagação. Eles se tornaram um teste de sorte e uma forma de ganhar dinheiro de cursinhos preparatórios. A verdade é que esses lugares deveriam observar onde está a deficiência de cada ingressante, antes de incentivar os mesmos a fazerem qualquer curso, de qualquer área. Outro alvo é a escola, o lugar onde é formada opiniões, o senso crítico. É verdade que não são todas as escolas, e nem posso criticar as mesmas em si, pois confluências exteriores interferem em seu processo de ensino aprendizagem. Contudo, o que deve ser revisto em nosso modelo é o sistema educacional, que vem falhado fatidicamente, sem incentivar o habito da leitura e da escrita, onde cada dia vem entregando os conteúdos mastigados (qualquer hora dessas, o professor vai ter que mastigar, engolir o conteúdo e dizer que o aluno aprendeu). É lamentável o nível que chegamos dentro das Universidades, como se já não bastasse, todos os problemas pelo quais nós estudantes enfrentamos a cada dia. Ainda nos deparamos com pessoas que tem uma base sólida familiar. Passaram por boas escolas e processos seletivos e acreditam que Mario de Andrade escreveu Dom Casmurro, ou que três vezes três é igual a doze.
Com efeito, esse texto não e só uma critica a estudantes. É um texto que incentive a vontade de se tornarmos bons profissionais, pois não basta só apontar erros, temos que ter noções de como melhorar o nosso meio. Se você entrou em uma Universidade ou luta para isso, leia, estude, pesquise e participe. Não seja só mais um espectro das universidades brasileiras, se torne um cidadão com vontade de fazer a diferença dentro do nosso país. Como vemos todo dia, não precisamos de mais um político, de mais um profissional sem caráter, isso temos de sobra. Sejamos alguém que modifica por competência e vontade de fazer a diferença.
Ana Paula Souza
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