A
década de 1960 foi marcante em todo o mundo, principalmente pela ebulição dos
movimentos culturais, sociais e políticos. No Brasil, foi à década da
“revolução de 1964”, como os militares carinhosamente chamaram o Golpe de
Estado que haviam promovido contra o governo de Jânio Quadros.
O
golpe/regime militar do Brasil durou duas décadas, todavia suas consequências
causaram um retrocesso incomensurável para o país. Foram tempos de combate,
luta e muito derramamento de sangue, pelo retorno da democracia. Mas, o fim do
regime militar nos trouxe a tão sonhada democracia? Essa é uma questão a se
pensar.
O
sonho de um país democrático parecia enfim estar se realizando, após as Diretas
Já, que culminou com a elaboração da constituição de 1988 e a eleições diretas
em 1989, onde Fernando Collor de Melo foi eleito, no entanto dois anos depois
de sua posse em 1992 sofreria o impeachment, inaugurando assim uma nova
ditadura que, aqui denominamos ditadura da corrupção, onde se tem infectado a
politica brasileira e na ultima década, esteve mais visível que nunca.
Uma
ditadura que age sob a luz do sol, que da ao Brasil, uma das melhores
colocações no ranking dos países mais corruptos, aqui tudo finda em se
corromper. O filosofo suíço Jean-Jacques Rousseau, em sua obra O Contrato
Social, nos coloca que, “o homem nasce bom, e que a sociedade é quem o corrompe”.
Trazendo para a realidade brasileira poderíamos dizer que, “os brasileiros
nascem honestos, mas é, a politica que os corrompem”. Tudo no Brasil parece
estar sob os olhos vigilantes da corrupção.
Durante
a ditadura militar os que lutavam contra o regime eram calados pela força. Na
ditadura da corrupção, os honestos acabam sendo comprados, aliás, neste regime
ditado pela corrupção tudo é comprado, tudo é vendido. O Brasil mais parece um
grande comércio, onde quem tem dinheiro compra tudo, e quem não tem, acaba
vendendo até sua dignidade. Chega de dólares em cuecas, chega de desvios de
dinheiro publico, chega de veda de votos por um trocado qualquer. É hora de dar
um basta em tanta corrupção, é hora de acordar, é hora de levantarmos a
bandeira pelo fim da corrupção.
Por
Adriana de Santana Azevedo Historiadora - Bacharel em História pela Ufac e
acadêmica do curso de Licenciatura em História-Ufac
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